Take me there Whenever I’m sad Leave me alone If my pain is too heavy And then, in my bank I’ll just listen to the wind That blows my hair The sea has the power To heal my wounds The fresh grass Gives me ground Don’t worry if I’m lost One day, I will be found.
Às vezes, julgo-me fútil Outras, nem por isso Por vezes, imagino-me imortal Outras, apetece-me fechar os olhos E partir… para bem longe Algumas vezes, pretendo alcançar tudo Outras, limito-me a agarrar O que está aqui ao lado Poucas vezes, penso em mim Outras, não há espaço para ti Raras vezes, resisto à tentação Outras, impeço-te de ser feliz Às vezes, penso que sou especial Outras, apercebo-me que valho pouco Por vezes, flutuo entre o ontem e o amanhã Outras, aproveito apenas o presente Algumas vezes, sonho em voz alta Outras, abafo os meus desejos Poucas vezes, peço ajuda Outras, reclamo atenção Raras vezes, gosto de mim Quase sempre, mudo de opinião.
Todos os anos, a 21 de Fevereiro, celebra-se o Dia Internacional da Língua Materna. Esta data foi aprovada pela Assembleia Nacional das Nações Unidas em 2002, embora tenha sido anunciada, pela primeira vez, em 1999, em homenagem ao Paquistão. Este país foi criado em 1947 e, na altura, o governo decidiu que o urdu seria a língua oficial, sem ter em conta a extensa população que falava bengali. As manifestações foram sangrentas e juntam-se à lista de tantas outras que mancharam de sangue a história do Paquistão. Centenas de pessoas sacrificaram as suas vidas em nome da sua língua materna.
Cabe à Unesco promover e difundir o respeito por todas as línguas. Este organismo defende que a diversidade linguística e cultural não pode ser dissociada da história da nação. A língua materna faz parte da identidade de cada povo e proteger a identidade também é uma questão crucial no âmbito dos direitos humanos. De acordo com relatórios recentes, 40% da população mundial não tem acesso à educação no idioma que fala ou entende melhor.
A língua é muito mais do que um aglomerado de letras que dão origem a palavras que fazem sentido. As frases tomam forma, os relatos ganham vida, até mesmo para aqueles que não sabem ler nem escrever. A língua é viva, acompanha os tempos, ganha asas. E a materna é rica em afetos, tradições, lendas e fábulas. Passa de geração em geração graças à família, aos amigos, aos vizinhos. Tem sido assim desde a pré-história, muito antes do nascimento da escrita.
Sou fluente em cinco idiomas (e consigo expressar-me, minimamente, num outro) por necessidade e, sobretudo, por prazer. Comunicar faz parte do meu ADN e cada vez que mudo de país adapto-me à sua língua materna. Faz parte da integração expressar-se, o melhor possível, na língua do país onde decidimos viver. Confesso que tenho facilidade em passar de um idioma para outro, mas nunca me esqueço que o português é a minha língua materna e penso que nenhuma outra soa tão bem como a nossa.
Photo : KaDDD
Os meus filhos nasceram em Paris e têm nacionalidade francesa, no entanto, as primeiras palavras que disseram foram portuguesas. Optei por falar com eles sempre em português. São bilingues desde que nasceram e, em Espanha, comunicavam em três línguas sem qualquer problema. Na escola aprendem inglês e, no próximo ano letivo, o meu filho vai estudar espanhol. Tem pena que não haja a opção de português.
Fazer um esforço para comunicar numa língua que não é a nossa num país estrangeiro não significa aniquilar a língua materna. Infelizmente, é isso que ainda fazem algumas nações chauvinistas. Muitos portugueses, italianos e espanhóis que emigraram para França deixaram de falar no seu idioma com medo de serem ostracizados. Ainda há pouco tempo um colega de escola da minha filha disse-me, num tom autoritário, que em França fala-se francês. A criança tem 9 anos e não sabe que, durante muito tempo, na região onde vivemos, a Bretanha, muitos comunicavam apenas no dialeto local, recusando-se mesmo a aprender a língua de Molière.
Até agora, foi em Espanha, onde senti um maior respeito pela diversidade linguística. O país adotou o castelhano como idioma oficial, mas várias regiões viram as suas línguas adquirirem o estatuto de co-oficiais, entre as quais, o catalão, o valenciano, o galego e o euskera. Vivi um ano no País Basco e aprendi o idioma local à custa de muito esforço e perseverança. O euskera é uma das línguas mais antigas do mundo e não se assemelha a nenhuma outra. Tem um caráter próprio e os bascos fazem questão de mantê-la viva. Tiro-lhes o chapéu por saberem fazê-lo com arte, maestria e humor.
Respeito todas as línguas e talvez me lance na aprendizagem de uma sétima, por gosto. No entanto, assumo, sem pudor, que em nenhuma outra encontro palavras tão bonitas como mãe e saudade.
République déguisée de pays Vêtue de trois nobles couleurs Terre de chrétiens, de musulmans et de juifs Qui se dit encore laïque
Demoiselle éternelle et remplie de passions Patronne de la Marseillaise si peu (en)chantée Mère de la Révolution et jadis orpheline De tant de guerres et d’invasions
La France accueille, libère, souffre et apaise Nation grande et bienveillante, parfois en détresse Elle vit au bout de ses peines, pas facile… D’être toujours celle qu’on admire et copie
Mais enfin, c’est tout cela et bien plus la France Cette nation d’art, d’histoire et de savoirs? Hélas, je ne suis pas certaine, mais peu importe Je la remercie et je l’aime de toutes mes forces.
A vida é uma festa com balões coloridos, foguetes e confetti. Somos nós os anfitriões. Uns usam máscara porque recusam-se a revelar o que lhes vai na alma. Outros preferem um colete à prova de balas, sabendo que os seus manifestos serão alvo de críticas atrozes. Ato de coragem ou estupidez?
A vida é um palco onde os atores sabem o seu papel de cor. Todos eles representam sem sentimento nem emoção. Fobias confundem-se com alegrias e o medo dança, de mãos dadas, com a esperança. Não há limite entre o lógico e o imaginário. Não existem fronteiras entre o que foi, o que virá a ser e o que nunca será.
A vida é uma floresta encantada, habitada por fadas e duendes. Os mais velhos dão-lhe ritmo através de lendas, fábulas e contos. O facilmente adquirido deixa de ter graça e corremos atrás do inatingível. Desafiamos o tempo com arrogância, embora saibamos que nunca conseguiremos recuparar o passado. E é aí que a saudade nos invade, violentamente.
A vida é uma catedral, onde os milagres acontecem, todos os dias. A vida é uma aventura na Amazónia, um desafio nom voo intrépido, uma descoberta singular.
A vida é aqui a agora. Estás pronto para esta viagem?
I have traveled all over the world Always free as a bird No house, no family, no friends What for? I don’t need them anymore So I thought… I just listened to my ego How selfish I was! I have been everywhere But I don’t have a place to call home I have lost my faith and my balance I feel foreign in my own country I don’t belong to anyone Not even to myself My wings are heavy My soul is empty My eyes are dull My body is sore Without you I’m unrooted.
Where are you going? Truth be told I don’t have a clue The only thing I am sure Is that I miss you So I keep walking As long as my feet Are not sore As long as my back Can take me as a whole
You may cross all the rivers And all the seas Having the stars as guides You may climb The highest mountains Erasing borders Even run or fly At the end, we both know There are certain things You cannot defy
I left this world And in peace I rest It’s my game over Don’t you worry My dear friend You should rather Enjoy your life Until the end I shall wait And so will paradise.
Esses teus olhos não mentem São puros e transparentes Deixa-me sonhar, entrar dentro de ti Trespassar a tua alma sem fim Dois corpos, um único espírito
Diz-me o que vês Não, não digas
Sozinha, caminho Por entre as trevas do passado Percorro trilhos perdidos Até atingir a felicidade Ah, grande momento este!
Diz-me o que vês Não, não digas
Neste mundo cruel e medonho Atrevo-me a admirar Esses teus doces olhos Que as histórias da vida Hão-de contar
J’attends un geste Qui me réconfort Et me donne le frisson Hélas, tu recules Devant cette ilusion Je rêve d’une nuit d’amour De plaisir, de désir De l’extase à l’état pur Je cours après une chimère Qui ne voit jamais le jour Mon esprit se rétrécit Mon corps devient petit Je perds ma voix Je n’ai plus de forces ni de joie J’erre au long du chemin Sans espoir pour le lendemain.
Tenho um segredo A sete chaves fechado Numa gaveta sem fundo Para sempre guardado Sete dias da semana Sete cores do arco íris Sete notas musicais E que mais?
Não tem importância A vida é uma inconstância E de nada serve Fazer uma tempestade Num copo de água Um dia temos tudo E no dia seguinte Não temos nada
Tenho medo de gatos pretos Não passo debaixo de escadas Fujo do número treze Não vá o diabo tecê-las A quem? Às dúvidas que pairam Aos meus medos Às minhas superstições.