
Caminhamos descalços e de mãos entrelaçadas
Num ritmo lento e desenfadado
Marcamos passo nesse chão suave
Sob um manto de folhas secas.
Sem pressa, desacelaramos o tempo
E pedimos ao coração que abrande
Mais um sorriso, um beijo, um abraço
Um carícia, um aconchego, um olhar.
E o silêncio
Profundo e inquietante
Atormenta os que não sabem escutar
O mar, as núvens, a terra e as folhas secas.
Filipa Moreira da Cruz