Despedindo-me do Outono

Repara que o outono é mais estação da alma do que da natureza.

Carlos Drummond de Andrade

Exatamente como a árvore do outono que não sente o perder de suas folhas nem quando a chuva, a geada e o sol lhe resvalam pelo tronco, e a vida se retira para o mais íntimo e recôndito de si mesma. Ela não morre. Espera.

Hermann Hesse

Photos : Filipa Moreira da Cruz

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21 réflexions sur “Despedindo-me do Outono

  1. Bem, vou começar pelas imagens, lindas. Lá atrás um céu pesado, podendo derramar-se em água a qualquermomento (a mesma água necessária para vivificar novamente aquilo que torna inegociável as plantas que é a vida), ao menos enquanto cada uma cumpre o seu ciclo aqui na terra.
    A vida cumpre cada etapa de forma que é preciso ter resistência para enfrentar a seca ( momento de escassez), a chuva ( abundância de vida de modo geral) para parte da natureza , mas que pra nós pode significar renovação. Quando choramos muito, na verdade, estamos agindo contrários a natureza. A gente deixa ir embora aquilo que  » falta » . Em seguida, entramos no nosso outono, ‘ vai embora’ para que um novo ciclo renove o que precisamos para ficar lindas novamente. Assim acontece com as plantas. Há momentos para desprender as folhas 🍃 ,já que a vida se prende muito na raiz, ela precisa largar o que não agrega tanto. E lá na frente, renovar toda a sua protuberância para ter a capacidade de frutificar, e atrir os pássaros, insentos…tudo…novamente.
    A vida, a natureza, assim como maneira de sua reconstrução, apesar de dolorida, é linda.

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  2. El otoño nos trajo cambios emocionales porque nos motivo a reguardarnos en nuestro interior. Nos hizo caminar sobre las hojas marchitas para hacernos ver la lentitud del caminar de nuestra vida. Magnificas tus fotos. A veces no se necesitan las palabras para decir lo que se siente. Buen fin de semana Filipa.

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