Ao som do vento

Ninguém se deve envergonhar de ser feliz.

Luís Sepulveda
Photo : Filipa Moreira da Cruz

É um amigo que me chama
Que me assobia de vez em quando
Invisível e impenetrável
Acompanha-me por onde ando
Traz um cheiro a natureza
É a brisa que me envolve
Nos dias de menos leveza

São os pássaros seus apaixonados
As flores suas fieis donzelas
Ouve-se a melodia nos quatro costados
Sem deixar marcas nem sequelas
E eu o resisto ao engano
Que alimenta este vício
De o sentir em primeiro plano.

Filipa Moreira da Cruz

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