Por portas travessas

Por portas travessas
Meias remessas
Por ruas estreitas
Promessas desfeitas
De madeira ou de ferro
Se entro é porque quero
Polida e envernizada
Velhinha e enferrujada
Porta que bate
Medo que nos abate
Porta que range
Vida desconcertante
Fecha-se uma porta
Pouco importa!
Abre-se uma janela
E o futuro tem aroma de canela.

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz

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