O tempo

Photo : Filipa Moreira dac Cruz

O tempo é coisa rara
Corre a 100 à hora, nunca para
O tempo não abranda, voa
Como as gaivotas sob as colinas de Lisboa
O tempo galopa, sôfrego
E esse beijo soube-me a pouco
O tempo é o nosso eterno inimigo
O único capaz de não esquecer um sorriso
O tempo é mestre e senhor
Nos momentos de alegria e de dor
O tempo é (im)permeável
Um grito no escuro, louvável
O tempo mete cada um no seu sítio
Desconhecendo se é pobre ou rico
O tempo afaga a alma
E sussurra-lhe « vai com calma ».

Filipa Moreira da Cruz

Publicité

10 réflexions sur “O tempo

Les commentaires sont fermés.