Por vezes sou mal interpretada Lêem-me os pensamentos de forma errada Não decifram em que me aplico Nem identificam o que comunico Mas isso pouco importa! Até o Todo Poderoso escreve certo por linha torta E eu não pretendo ser Deus (obviamente!) Mas protejo os meus Sempre!
1 mirada 2 besos 3 alitas de pollo 4 abrazos 5 de la tarde 6 tazas de té 7 olas del mar 8 fotos antiguas 9 ancianos charlando 10 dedos de la mano 11 de la noche 12 campanadas 13 que no sea un martes 14 amigos 15 calamares fritos 16 cucharadas 17 kilómetros 18 sueños infinitos 19 duendes 20 lágrimas 21 niños jugando 22 chistes 23 ¿otra vez?
Cidade luz, capital do amor e do sublime Nem sei por onde começar porque não quero que termine Foste casa, brindaste-me com amigos Ah e viste nascer os meus filhos! Sempre que penso em ti fico desamparada Este namoro dura há anos e eu sem ti sou quase nada.
Lugar de aconchego De festa e de desassossego Lar doce lar Onde podemos ser e estar De pedra ou de madeira Por uns dias ou para a vida inteira Para dois, três, quatro, cinco ou seis Para pobres que se sentem como reis Ou ricos que mais parecem mendigos De tão mal agradecidos Azul, verde, ou branca Aquecida pelo sol ou pela chama De uma lareira onde nos sentamos a ler E a contar histórias até escurecer Guarda memórias e segredos Abriga ilusões e medos Oferece paz e serenidade Seja ela no campo ou na cidade Serve para acolher familiares e amigos Os mais recentes e os antigos.
Caminar descalza Abrazar un árbol Comer cerezas y fresas No hacer nada Escuchar el silencio Poner música a tocar Reírme a carcajadas Sin ningún motivo Tumbarme al sol Achuchar a mis hijos Leer un buen libro Nadar en el mar helado Pasear en el bosque Estar con mi familia Soñar con los ojos abiertos Mirar la misma película una y otra vez Escribir cuando todos duermen Hablar con mis amigos Seguir acreditando Que lo mejor aún está por llegar.
1 mirada 2 besos 3 alitas de pollo 4 abrazos 5 de la tarde 6 tazas de té 7 olas del mar 8 fotos antiguas 9 ancianos charlando 10 dedos de la mano 11 de la noche 12 campanadas 13 que no sea un martes 14 amigos 15 calamares fritos 16 cucharadas 17 kilómetros 18 sueños infinitos 19 duendes 20 lágrimas 21 niños jugando 22 chistes 23 ¿otra vez?
Por vezes sou mal interpretada Lêem-me os pensamentos de forma errada Não decifram em que me aplico Nem identificam o que comunico Mas isso pouco importa! Até o Todo Poderoso escreve certo por linha torta E eu não pretendo ser Deus (obviamente!) Mas protejo os meus Sempre!
¡Echo de menos a España! A su gente, a mis amigos, a los paysajes Al que fue y siempre será mi hogar A la tierra que vio nacer a mis antepasados Quizás conozca España mejor que mí pais Ya vivi en Tenerife, San Sebastian y Fuerteventura Recorrí sierras, playas, montañas, mesetas y ciudades Volveré. ¡Hasta pronto España!
Lá em casa sempre se conversou muito. Das coisas importantes, mas também das supérfluas. Dos medos, das injustiças, dos tabus. Das conquistas, dos sonhos, das derrotas. Tantas madrugadas passadas a rir e a chorar! Também se liam muitos livros e contavam-se muitas histórias. A noite é propícia a confidências e ajuda a desfazer alguns nós atados ao longo do dia.
Vários amigos estrangeiros (com exceção dos espanhóis) não entendem esta necessidade de falar e julgam que os portugueses têm resposta para tudo. Talvez tenham razão. Será o resultado de tantas gerações privadas da liberdade de expressão? A nossa democracia é recente. Ficamos sem voz durante tanto tempo que, assim que nos foi permitido opinar caímos na tentação de manter a língua solta. Mesmo quando o melhor é ficar calado.
Esta esquizofrenia bipolar parece estar no nosso ADN. Somos os mais críticos e exigentes connosco próprios. No entanto, não admitimos que gente alheia nos chame à razão. Afinal, quem pensam que são? Às vezes rebaixamo-nos, carecemos de auto-estima e evitamos celebrar as nossas vitórias. Isto dentro do nosso país, claro!
Quando viramos costas à nossa terra passamos a ser os melhores em tudo. Milagre português! Talvez seja uma questão de necessidade. Ou de perspetiva. Os nossos vizinhos espanhóis (para dar um exemplo), gabam-se até do que não têm, enquanto os portugueses dificilmente reconhecem os seus feitos. A realidade tem vindo a mudar, lentamente. Ao ritmo lusitano.
Num país com pouco mais de dez milhões de habitantes proliferam os « pseudo ». De repente, todos são médicos, políticos, advogados, professores, jornalistas, treinadores de futebol. É tão fácil criticar tudo e todos frente ao ecrã de televisão, de telemóvel na mão ou a martelar o teclado do computador. Não há nada melhor que dar palpites, sobretudo quando se desconhece o contexto.
Preencher um quadro inteiro com tinta azul é tão simples, não é? Mas por que razão foi Klein o único a ter a ideia? Que prazer sentem aqueles que se escondem por detrás de amor355 ou kubik07 quando ofendem, denigrem, magoam. E isto com erros ortográficos e palavrões à mistura. Há palavras que quase matam. Felizmente, são poucas. A maioria não fere ouvidos contra todos os riscos.
Se cada um seguisse a sua vidinha sem fazer barulho o mundo deixaria de ter graça. Gostamos do espalhafato, do drama e do exagero. Seguimos de perto esta telenovela em direto, cujos atores são os mesmos do costume, mas que quase ninguém perde tempo em conhecer. As emoções estão ao rubro quando se desvenda um segredo.
O salário de um apresentador de um programa de entretenimento é mais importante que uma nova restrição do governo. Porque sim. E pouco importa se o ordenado mínimo continuar a ser escandalosamente baixo, se a gasolina não parar de aumentar, se a corrupção atingir níveis preocupantes e se os bancos continuaram a roubar com a ajuda dos que mandam no país. Tudo isso é secundário num país que vive de sol e de água fresca.
Ainda assim nem tudo é mau. Não somos só fado, futebol e Fátima. Somos um pequeno país, mas uma grande Nação! E que ninguém nos convença do contrário!