
Sou as águas do Atlântico
Sou a areia da Meia Praia
Sou azul, verde e branco
Sou o fado de Lisboa
Sou as contas de Viana
Sou vida boa!
Sou um dia de Outono no Douro
Sou a brisa do Guincho
Sou a paisagem do miradouro
Sou as saudades de Guimarães
Sou a humidade de Sintra
Sou feita de todas as mães
Sou o cante Alentejano
Sou a preguiça de Tavira
Sou choro e desengano
Sou a erva fresca dos Açores
Sou a serra do Gerês
Sou um jardim cheio de flores
Sou a cadeira vazia no meio da praça
Sou a pronúncia do Norte
Sou magia e graça
Sou o bolo da Madeira
Sinto-me em cacos
Mas estou inteira.
Filipa Moreira da cruz