Canção de embalar

Através do teu coração passou um barco
Que não pára de seguir sem ti o seu caminho.

Sophia de Mello Breyner

Canção rente ao nada
No silêncio quieto
Da noite parada
Como quem buscasse
Seu rosto e o errasse.

Sophia de Mello Breyner

Photos : Filipa Moreira da Cruz

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Poema colorido

Reprise

Verde é este poema que nos devolve a esperança
Azuis os seus versos onde a minha alma dança
Branco é o silêncio magistral e profundo
De vermelho se veste a raiva que dura um segundo
Cinzentas são as nuvens num dia de tempestade
E de negro se cobre o rosto dos que não encaram a verdade
Rosa é a fragrância das mais belas flores
Violeta é a rainha de todas a cores.

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz

Silencio

Reprise

Hoy no tengo fuerzas para enfrentarme al mundo
Necesito quedarme sola
Quiero perderme en un lugar lejano
Donde nadie pueda encontrarme
Escuchando el silencio
Que vive entre las flores y las mariposas.

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz

Silêncio

Dia Mundial da Terra

Photo : Filipa Moreira da Cruz

Tenho que aprender a ficar calada
A abrir a boca e não dizer nada
Preciso de fazer um esforço
Para que o silêncio seja o meu reforço
Chega de fala barato!
A vida não é sempre desacato
Quero ser luz na escuridão
E saber dizer não
Ouvir duas vezes e falar a metade
É essa a verdadeira liberdade
A natureza tem sempre razão
Mas o ser humano julga-se sabichão
A Terra Mãe põe cada um no seu lugar
E Deus está a cargo de vigiar
Quanto a nós, sejamos apenas gente
E cuidemos do mundo que está doente.

Filipa Moreira da Cruz

Serenidade

Reprise

Percorro as ruas desertas da cidade
Um templo de paz e de serenidade
Subo colinas, ruelas e muralhas
Liberto-me das minhas antranhas
Abrigo-me nas suas artérias
Quem me dera regressar a estas férias!
Os jardins estão imaculadamente
Limpos e ordenados
Silêncio, que se vai cantar o fado?
Sinto falta do barulho, da confusão
Não sou capaz de ouvir o meu coração
Sonho ou realidade?
Pouco importa!
Estou apaixonada pela cidade.

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz

Palabras en el aire

Reprise

Silencio que me recibe como una caricia
Brisa que me recuerda la primavera
Verde que me devuelve la esperanza
Azul infinito e intenso, tan cerca y tan lejos
Camino que me lleva a donde nunca he estado.

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz


Inverno que parece Outono

Photo : Filipa Moreira da Cruz

Caminhamos descalços e de mãos entrelaçadas
Num ritmo lento e desenfadado
Marcamos passo nesse chão suave
Sob um manto de folhas secas

Sem pressa, desacelaramos o tempo
E pedimos ao coração que abrande
Mais um sorriso, um beijo, um abraço
Uma carícia, um aconchego, um olhar

E o silêncio
Profundo e inquietante
Atormenta os que não sabem escutar
O mar, as núvens, a terra e as folhas secas.

Filipa Moreira da Cruz

Canção de embalar

Através do teu coração passou um barco
Que não pára de seguir sem ti o seu caminho.

Sophia de Mello Breyner

Canção rente ao nada
No silêncio quieto
Da noite parada
Como quem buscasse
Seu rosto e o errasse.

Sophia de Mello Breyner

Photos : Filipa Moreira da Cruz

Poema colorido

Verde é este poema que nos devolve a esperança
Azuis os seus versos onde a minha alma dança
Branco é o silêncio magistral e profundo
De vermelho se veste a raiva que dura um segundo
Cinzentas são as nuvens num dia de tempestade
E de negro se cobre o rosto dos que não encaram a verdade
Rosa é a fragrância das mais belas flores
Violeta é a rainha de todas a cores.

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz

Silêncio

Photo : Filipa Moreira da Cruz

Tenho que aprender a ficar calada
A abrir a boca e não dizer nada
Preciso de fazer um esforço
Para que o silêncio seja o meu reforço
Chega de fala barato!
A vida não é sempre desacato
Quero ser luz na escuridão
E saber dizer não
Ouvir duas vezes e falar a metade
É essa a verdadeira liberdade
A natureza tem sempre razão
Mas o ser humano julga-se sabichão
A Terra Mãe põe cada um no seu lugar
E Deus está a cargo de vigiar
Quanto a nós, sejamos apenas gente
E cuidemos do mundo que está doente.

Filipa Moreira da Cruz