Arco íris de emoções

Reprise

Balões, serpentinas, música
Fachadas coloridas
E o sol a espreitar pela janela
A vida é uma festa!
Crianças a correr
Gargalhadas estridentes
Idosos sem dores nem mazelas
A vida é bela!
Vento suave e chuva miudinha
Que refrescam num dia quente de Verão
Copos a transbordar de vinho aveludado
Enchem de cor as esplanadas
A vida é deliciosa!

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz

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Castelos na areia

Reprise

Photo : Filipa Moreira da Cruz

Fim de tarde na praia
Longo dia de Verão
O frio mantém-se à raia
Adoro esta estação!
O mar muda de cor
Seguindo caprichos misteriosos
Que não conhecem medo nem rancor
Sábios são os que abrem os olhos
A natureza obedece a leis
Que apenas ela conhece
E os humanos são reis
A quem ela finge que obedece
As crianças fazem castelos na areia
Coitados dos adultos que se esqueceram
Que a vida é feita de brincadeira.

Filipa Moreira da Cruz

A abelha bem me quer

Uma fotografia
Um jardim florido
A brisa num dia de Verão
Poesia
Um sorriso
Um abraço
Um beijo
Pura magia!
A família
Os amigos
A vida
Que maravilha!

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz

Outono antes do tempo

Reprise

Piso as folhas que deslizam aos meus pés
Sinto a brisa que me gela o corpo
Antecipo a tempestade
Que chega sem avisar
A terra mudou de cor
Vestiu-se de verde e castanho
O Verão amuou
Talvez nos visite no próximo ano.

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz

Três noites e dois dias

Reprise

Desta vez, nem tive tempo de abraçar a minha Lisboa. Acabada de aterrar, fui para Tomar, a cidade que os meus pais escolheram para viver depois de mais de 60 anos na capital.
O calor abrasador baralhou-me o discurso. Nem para falar tinha energia. Já não me lembrava do que eram 42°C à sombra!
A terra dos Templários está ainda mais bonita e misteriosa.
Do alto da colina, o Convento de Cristo vigia a cidade. Imponente.
Com a cabeça no azul do céu e os pés firmes na calçada, tão portuguesa, andar torna-se uma missão quase impossível, tal é o calor.
Na praça principal não há viv’alma. Apenas alguns turistas em busca de uma sombra.
O Nabão segue o seu curso, refrescando-me os pensamentos.
No sítio do costume, os dois Fernandos dão dois dedos de conversa. Que dirá o compositor ao amigo poeta? Nem as moscas devem saber!

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz

Serenidade

Reprise

Percorro as ruas desertas da cidade
Um templo de paz e de serenidade
Subo colinas, ruelas e muralhas
Liberto-me das minhas antranhas
Abrigo-me nas suas artérias
Quem me dera regressar a estas férias!
Os jardins estão imaculadamente
Limpos e ordenados
Silêncio, que se vai cantar o fado?
Sinto falta do barulho, da confusão
Não sou capaz de ouvir o meu coração
Sonho ou realidade?
Pouco importa!
Estou apaixonada pela cidade.

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz

Saudades

Reprise

Photo : Paul Laurent Bressin

Saudade do Verão
Saudade do cri cri dos grilos
Saudade do reboliço e da confusão
Saudade de comer figos
Saudade do sol e do calor
Saudade de ser criança
Saudade de ignorar a dor
Saudade de não perder a esperança
Saudade de ontem, de hoje e de amanhã
Saudade dos amigos e da família
Saudade de preguiçar de manhã
Saudade de viver sem controlo nem vigília
Saudade da loucura e da imprudência
Saudade de beijos e abraços
Saudade de não pensar em vírus e doença
Saudade de reanudar os laços
Saudade de mim, de ti, de nós
Saudade de fazer a diferença
Saudade de não calar a minha voz.

Filipa Moreira da Cruz

Golf du Morbihan

Reprise

Confinados, mas sem amargura
Decidimos partir à aventura
Descobrir outras terras e outras gentes
Sem sair da nossa região
Respeitamos as regras e desafiamos a tradição
Desta vez, não fomos à terrinha
Optamos pela sensatez
Portugal, fica para uma próxima vez.

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz

Castelos na areia

Photo : Filipa Moreira da Cruz

Fim de tarde na praia
Longo dia de Verão
O frio mantém-se à raia
Adoro esta estação!
O mar muda de cor
Seguindo caprichos misteriosos
Que não conhecem medo nem rancor
Sábios são os que abrem os olhos
A natureza obedece a leis
Que apenas ela conhece
E os humanos são reis
A quem ela finge que obedece
As crianças fazem castelos na areia
Coitados dos adultos que se esqueceram
Que a vida é feita de brincadeira.

Filipa Moreira da Cruz

Arco íris de emoções

Balões, serpentinas, música
Fachadas coloridas
E o sol a espreitar pela janela
A vida é uma festa!
Crianças a correr
Gargalhadas estridentes
Idosos sem dores nem mazelas
A vida é bela!
Vento suave e chuva miudinha
Que refrescam num dia quente de Verão
Copos a transbordar de vinho aveludado
Enchem de cor as esplanadas
A vida é deliciosa!

Filipa Moreira da Cruz

Photos : Filipa Moreira da Cruz